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Viajar com pet no avião: regras, documentos e cuidados essenciais

Viajar com pet no avião: regras, documentos e cuidados essenciais

Viajar com pet no avião: regras, documentos e cuidados essenciais

Um gato malhado marrom e preto, de olhos grandes e expressivos, está dentro de uma caixa de transporte para animais de estimação. Uma mão de pele escura está estendida perto do rosto do gato, parecendo estar oferecendo um carinho ou conforto. O gato está olhando diretamente para a câmera.

Está planejando sua próxima viagem e quer incluir seu amigo de quatro patas no roteiro? A boa notícia é que é possível levar animais de estimação na cabine ou no porão das aeronaves. Mas, para garantir esse embarque sem imprevistos, é essencial conhecer a documentação necessária e a preparação que o pet precisa antes do voo.

Para te ajudar, criamos um guia completo de como viajar com pet no avião, onde você confere: regras das companhias, exigências de transporte, documentos obrigatórios, dicas para a preparação pré-viagem e cuidados durante o trajeto. Confira!

Como levar o pet no avião: o que você precisa saber

Hoje em dia é totalmente possível viajar de avião com seu pet. Mas apesar dessa opção existir, não significa que tudo funciona da mesma forma em qualquer companhia. Cada empresa aérea tem suas próprias regras e procedimentos, que começam antes da viagem e continuam durante e até depois do embarque. 

O principal ponto para que seu animalzinho viaje com você é garantir a reserva com antecedência. Isso porque há um limite de pets por voo (no geral, entre 3 e 8) e, quando as vagas acabam, mesmo que você atenda a todos os requisitos, não consegue embarcar com o animal.

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Viajar com pet no avião: quais regras as companhias costumam seguir?

Assim como acontece com outros serviços, o transporte de animais no avião também tem normas próprias. Cada companhia aérea define seus critérios, tanto para voos nacionais quanto internacionais, porém, muitas delas seguem pontos em comum que ajudam a entender como o processo funciona. Explicamos melhor a seguir:

1. Peso e idade do animal

O principal fator que determina se o pet pode viajar na cabine é o peso total dele somado à caixa de transporte, além de uma idade mínima estabelecida pela companhia. 

Em média, o limite costuma ficar entre 7 kg e 10 kg, já contando a caixa. A idade exigida também varia, mas começa geralmente entre 4 e 6 meses. Quando o animal não se encaixa nesses requisitos (principalmente no peso), as empresas normalmente oferecem outras formas de transporte, como:

  • Porão (bagageiro): quando o pet passa do limite de 7 a 10 kg, ele costuma viajar na caixa de transporte no setor de cargas do avião, seguindo regras próprias de acondicionamento e segurança.
  • Serviço de carga viva: opção muito utilizada para animais de grande porte ou para determinados trajetos internacionais, sendo um tipo de transporte de carga com documentação específica.

2. Requisitos da caixa de transporte (kennel)

Os requisitos da caixa de transporte são um dos pontos mais críticos e, muitas vezes, o principal motivo de recusa no embarque quando não seguem exatamente o que a companhia exige. 

Para levar o pet na cabine, as regras costumam ser bem específicas, e o ideal é sempre consultar diretamente a empresa com a qual você vai voar para conferir todos os detalhes. Mas, de forma geral, esses requisitos incluem:

  • Dimensões máximas: geralmente, a altura máxima é de 20 a 25 cm, a largura é de 28 a 33 cm e o comprimento é de 36 a 43 cm. Ainda assim, deve-se consultar as medidas definidas por cada companhia.
  • Material: para viagens na cabine, as companhias recomendam bolsas flexíveis (soft bags) com fundo rígido e impermeável, pois se adaptam melhor ao espaço abaixo do assento. Já para o transporte no porão, a exigência é de caixas rígidas (plástico ou fibra), com travas de segurança reforçadas. Em ambos os casos, a ventilação deve ser adequada.
  • Construção: a caixa deve ter uma trava segura e não pode abrir sozinha. Além disso, quando acomodado, o pet precisa conseguir ficar em pé, dar um giro completo (360°) e se deitar com conforto, em posição natural.

3. Restrições de raças braquicefálicas (focinho curto)

Devido à anatomia de focinho curto, animais braquicefálicos já têm maior predisposição a dificuldades respiratórias e de controle de temperatura

Por isso, esse é um dos pontos que as companhias mais levam a sério: a pressão e o estresse do voo podem tornar a viagem arriscada para esses animais. Então, não é raro que seu transporte seja limitado ou até proibido, principalmente no porão do avião.

A seguir, alguns exemplos de pets que se enquadram nessa categoria:

Cães

  • Pug.
  • Bulldog (Francês, Inglês, Olde English e Americano).
  • Boxer.
  • Terrier (Boston e Bull).
  • Shih Tzu.

Gatos

  • Persa.
  • Himalaia.
  • Burmese.
  • Exótico (Shorthair e Longhair).
  • Britânico (Shorthair e Longhair).

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Como transportar pet em avião: valores e taxas

As tarifas não são as mesmas para todos os voos. O valor para levar seu pet no avião inclui a taxa cobrada pela companhia e pode mudar bastante conforme o peso do animal, além de se o voo é nacional ou internacional. 

De modo geral, o preço varia principalmente por fatores como:

  • Política da empresa: as tarifas são exclusivas de cada companhia aérea.
  • Trajeto: rotas dentro do país (viagem doméstica) tende a ser menos caro do que para o exterior (viagem internacional).
  • Local do transporte: o peso do pet determina se ele será transportado na cabine de passageiros ou no compartimento de cargas, influenciando diretamente no custo.
  • Serviço contratado: reservar o serviço com antecedência, por exemplo, pode oferecer um preço diferente do que será cobrado no check-in.

O que precisa para levar pet no avião: documentação obrigatória

Além de checar as regras da companhia aérea, vale também organizar toda a documentação com calma (a sua e a do seu pet) para evitar imprevistos na hora de embarcar. Entre os documentos para viajar com pet mais importante, estão:

  1. Atestado de saúde veterinário: é o documento que comprova que o pet está apto para viajar, tanto em relação ao estado de saúde quanto às condições de transporte. Ele deve ser emitido por um(a) veterinário(a) com registro ativo no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), geralmente até 10 dias antes do voo.
  2. Carteira de vacinação atualizada: garanta que todas as vacinas estão em dia, especialmente a antirrábica. Algumas companhias pedem que ela tenha sido aplicada pelo menos 30 dias antes da viagem.
  3. Certificados internacionais: para entrar em outros países, é preciso apresentar um certificado sanitário emitido pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). No Mercosul, esse certificado pode ser substituído pelo Passaporte para Cães e Gatos (também emitido pelo Vigiagro).
  4. Regras do país de destino: cada país pode exigir documentos específicos, como sorologia para raiva, microchip ou até quarentena, especialmente em regiões como Europa e Ásia. Para não ter nenhuma surpresa, o ideal é confirmar tudo com o consulado do país de destino antes da viagem.

Dica extra: mesmo em voos nacionais, vale começar a organizar toda a documentação com pelo menos 6 meses de antecedência, já que alguns certificados e exames podem levar tempo para serem concluídos.

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Tire suas dúvidas sobre viajar com pet no avião

Até aqui, já vimos os principais pontos sobre viajar de avião com pets, mas é normal que ainda surjam algumas dúvidas sobre o processo. Para te ajudar, respondemos a seguir às perguntas mais comuns:

1. Meu pet precisa de sedação para voar?

Geralmente, a sedação não é indicada para acalmar pets durante o voo. Como o ambiente do avião tem mudanças de pressão e pode alterar o padrão respiratório dos bichinhos, o sedativo pode aumentar o risco de complicações e prejudicar a termorregulação do animal.

2. Pode viajar de avião com mais de um pet?

Sim, é possível, mas há regras rígidas que devem ser seguidas. De modo geral, a maioria das companhias permite que cada passageiro(a) transporte somente um pet na cabine.

3. Cães-guia podem voar na cabine junto ao tutor ou tutora?

Sim, e no Brasil isso não é apenas permitido — é obrigatório! O transporte de cães-guia é garantido por lei, conforme o Decreto n.º 5.904/2006 e a Resolução n.º 280/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)

A título de curiosidade, o Governo do Brasil define cão-guia como um animal de porte adequado, castrado, dócil e treinado especificamente para auxiliar pessoas com deficiência visual, garantindo sua locomoção com segurança.

4. Quanto tempo antes do voo devo me apresentar ao check-in com o pet?

A maioria das companhias aéreas orienta que quem viaja com pets chegue ao aeroporto com mais antecedência que o habitual. Em geral, recomenda-se:

  • Voos nacionais: de 1h30 a 2h antes do embarque.
  • Voos internacionais: de 3h a 4h antes do embarque.

Continue sua viagem por aqui: confira outras dicas no blog da HCC Hospitality!

Agora que você sabe o que precisa preparar para voar com seu pet, como os itens e documentos essenciais, é só finalizar os preparativos e aproveitar o destino com tranquilidade!

Se quiser mais dicas, roteiros e conteúdos que facilitem o planejamento da sua próxima viagem, vale dar uma olhada nos outros artigos do blog da HCC Hospitality.

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Imagem de capa — Fonte: @freeepik / Freepik (2025).